Compartilhando Conhecimentos

Este blog tem por objetivo, compartilhar a minha jornada na Uneb principalmente no que diz respeito à disciplina de Prática Pedagógica I.

sábado, 29 de outubro de 2011

Trabalho Apresentado no Seminário Interdiscilplinar de Pesquisa II

Por que é importante utilizar o PCNLP como base nas práticas de ensino de língua?

Resenhistas:
Maria Aparecida Dourado
Taís Fernandes
Valquíria Oliveira                    

Professora Orientadora:
Kátia Cristina Novaes Leite

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa é um documento produzido pelo MEC, a partir da consultoria de vários educadores, norteador do ensino de língua materna desde as series iniciais do ensino fundamental até o Ensino Médio.

Este documento traz uma nova perspectiva de ensino e auxilia o professor a definir as linhas gerais de ação no campo de ensino aprendizagem. Vale salientar que o PCNLP não deve ser considerado como uma norma com efeito indiscutível, ele apenas orienta e direciona o trabalho com a língua portuguesa e é com essa perspectiva que o documento está organizado de modo a servir de referência, de fonte de consulta e de objeto para reflexão e debate.

Portanto, ao ser utilizado como suporte para orientar as praticas de ensino de língua materna o PCNLP pode contribuir bastante para melhorar a qualidade da educação, proporcionando ao aluno a expansão de variadas possibilidades do uso da linguagem, bem como sua utilização.

Embora a escola hoje tenha sofrido grandes mudanças no ensino comparado com a escola de antigamente, ela ainda precisa quebrar a impressão de que a língua portuguesa só deve ser trabalhada sob o aspecto tradicional, valorizando as regras gramaticais e concordando com o paradigma de que só há uma única forma “certa” de falar ou de que a escrita é o espelho da fala, pois as variedades existem e devem ser vista como uma forma diferente e não errada de falar, devendo ser respeitada e considerada.
Segundo Laura Monte Serrat Barbosa,

“no primeiro ciclo do ensino fundamental, o ensino-aprendizagem da linguagem deve partir da vivência dos alunos e alunas, do repertório lingüístico que possuem, da cultura que carregam em sua experiência de vida e das varias utilidades que podem fazer desse instrumento, para que se apropriem paulatinamente do mesmo, aprendendo a formular hipóteses e constante testá-las, confirmá-las, rejeitá-las e aperfeiçoá-las.”

Logo o professor não é mais visto como o dono do saber, ele deve considerar os conhecimentos prévios do aluno para só então direcioná-los a favor do objeto de estudo a ser trabalhado. Porém incorporar o PCNLP no dia a dia na sala de aula nem sempre é uma tarefa fácil, porque é necessário que haja uma interação harmônica entre professor e aluno.

É muito comum ouvir dos professores de Língua Portuguesa, a respeito do problema com a indisciplina e o desinteresse dos alunos para a leitura, a produção de texto e às atividades extraclasses.  Com essa infeliz realidade, nota-se a necessidade de se inovar a pratica do ensino de língua. Por que enquanto a sala de aula, não for um lugar atrativo para as crianças e adolescentes, eles dificilmente mostrarão um bom desempenho na sua aprendizagem e conseqüentemente não farão a cidadania acontecer como esperamos.

Por isso, cabe ao professor a responsabilidade de resgatar o interesse destes alunos, incorporando na sua pratica uma metodologia que se aproxime mais da realidade do aluno. Nessa perspectiva o PCNLP torna-se um importante documento para ser utilizado como suporte teórico para orientar o professor nas praticas de ensino de língua. É importante ressaltar que o PCN não é lei e sim documento que leva a reflexão de práticas.

O trabalho com a língua portuguesa, sob a ótica do PCNLP, visa desenvolver no aluno uma postura critica frente à linguagem e suas diversas formas de uso, seja ela oral, escrito ou visual. Essa proposta educativa é apresentada mostrando as vantagens em se direcionar o trabalho em sala de aula, de acordo com o ponto de vista teórico dos gêneros textuais, pois esta é uma importante ferramenta para a construção de conhecimentos relativos às manifestações reais da linguagem em nossas relações sociais.

O PCNLP vai dividir em dois eixos básicos os conteúdos a serem trabalhados em língua portuguesa. O eixo 1 defende o uso da língua oral e escrita e o eixo 2 defende a reflexão sobre a língua e a linguagem. Essa proposta visa permitir a expansão das possibilidades do uso da linguagem, relacionadas às quatro habilidades básicas: falar, escutar, ler e escrever.

Embora o PCNLP discuta as teorias do gênero textual e a importância dessa teoria para o ensino aprendizagem, são encontrados nesse documento alguns equívocos em relação às noções de gêneros textuais e tipos textuais. Pois se trata de duas vertentes distintas, sendo o gênero relacionado às cartas, aos contos e romances. E os tipos relacionados à narração, descrição, dentre outros.

Mesmo com todos os problemas e questionamentos levantados sobre o PCNLP, ele ainda é um forte instrumento pra equilibrar o sistema educacional brasileiro, visto que ele busca qualificar e melhorar as pratica de ensino. Por isso é relevante que o professor de língua tome este por base de seu projeto de ensino buscando inserir logicamente sua autonomia para usá-lo conforme for pertinente no seu trabalho no dia-a-dia.

Referencias Bibliográficas

PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Língua Portuguesa/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. -- 3. Ed.- Brasília: A secretaria. 2001.
BARBOSA, Laura Monte Serrat. PCN: parâmetros curriculares nacionais, v.1: conversa com educadores: uma reflexão sobre os parâmetros curriculares nacionais. – Curitiba: Bella Escola, 2002.
LOVATO, Cristina dos Santos. Gêneros textuais e ensino: uma leitura dos PCNS de Língua Portuguesa do ensino fundamental.


Uma Breve Reflexão Sobre a Universidade


Diferentemente do que se vê aparentemente numa universidade, como sua estrutura física, funcionários, docentes e discentes agrupados, se tem algo que vai além dessa relação comum, que é a troca de experiências, é o convívio com a diversidade, seja ela de raça, etnia, lugar social ou naturalidade.
O objetivo comum que une e dignifica os discentes dentro deste ambiente acadêmico é a busca pelo aprendizado e pela formação básica que os capacita como profissionais.
Para que se torne mais prazerosa  a convivência neste ambiente faz-se necessário que haja uma relação de amizade e afetividade entre as pessoas que fazem parte deste ambiente.
As aulas e os eventos acadêmicos deveriam ser pensados na perspectiva inovadora, cujo objetivo principal seja estimular o discente a participação e a mobilização do campus.
Portanto é essencial que o compromisso com a educação, seja desde já dos profissionais em formação, mas também que esta responsabilidade seja dividida com todos, o governo, a universidade e inclusive a comunidade.


Taís Fernandes

Em que geração as mulheres vão conseguir entender os homens?


Sabe por que nós mulheres estamos cada dia mais solitárias e carentes? Por que os homens nunca estão satisfeitos com os nossos esforços. Nunca saberemos ao certo como agradá-los, como lidar com seus atos, com segurá-los.
Se somos fáceis demais, eles nos usam e jogam fora, se somos difíceis, eles tem preguiça de investir, se somos o meio termo da questão, eles dizem que apesar de sermos legais, eles não querem relacionamento sério no momento. Qual será esse momento?
Se o traímos é porque traímos, fomos sem caráter, se não traímos eles acreditam que somos tolas e apaixonadas e que por isso deve pisar em nós. Eles dizem que não conseguem ser fieis , mas não admitem infidelidade. Eles não amam de verdade, mas querem que a gente se entregue.
Os homens não acreditam não se empenham e nem tem paciência para sustentar um relacionamento. Acreditam que o único prazer que podem obter com uma relação é através do prazer sexual e genital.
Hoje em dia não importa mais quem seja o parceiro ou quantos são o importante é que ele não seja conhecido, não esteja no seu meio social, para que não haja a mínima probabilidade de envolvimento, nem chances de um futuro sentimento indesejado.
Sejam bem vindos a geração do antiamor e da multiplicidade sexual!!!

Taís Fernandes

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um diálogo Entre a Obra: “A hora da Estrela” e a Questão da Existência Humana

Estamos nós sempre ocupados em cumprir o nosso dever diário de ser filha, irmã, colega de faculdade, parente, amiga, que não percebemos que com a correria e as obrigações do dia- a-dia, dificilmente nos perguntamos quem somos ou o que queremos da vida e para a nossa vida.
Ouvi dizer em algum lugar que a noção de existência está associado à presença do outro. É preciso estar ligado a alguém, fazer arte de uma família, uma rede de amigos e colegas de trabalho, enfim qualifica-se o homem pelas suas relações sociais.
A sociedade, a cultura, a política, não sei bem, mas alguém criou um modelo de vida na qual diz, que para o homem ser feliz, ele tem que estar em dia com os pré-requisitos comuns, tradicionais e conservadores. Como ter uma família, uma profissão, ter amigos, religião, casa própria, plano de saúde... Desenharam um modelo único para pessoas diferentes, no qual quem não se adéqua ao modelo vigente,  acredita mesmo não é feliz. Criaram também um conceito de felicidade?
Implantaram no seio da sociedade valores e regras não respeitam a individualidade e especificidades de cada um.
Quem dera que os direitos ao acesso à escola, à boa alimentação, à saúde e a casa própria fossem iguais e obrigatórios a todos.
Só agora eu entendo “Macabéa - personagem de um livro de Clarice Lispector”, ela não se questionava por que sabia que não havia respostas, impulseram-na um modelo de vida e ela o seguiu como todos nós o seguimos.
Não importa quem disse, mas disseram que o trabalho dignifica o homem, então ela trabalhava, era datilografa, possuía um status social, mesmo que com a remuneração que recebia não desse nem para comer.
Ensinaram-na a agradecer, a se desculpar, a respeitar, a aceitar as dificuldades e acima de tudo a aceitar o seu lugar e as coisas como elas são. Deixando de claro que não se deve fazer nada para tentar mudar ou transformar a sua condição social. Tem-se que aceitar e respeitar aqueles que tiveram a sorte de já possuírem as coisas.
Esse tipo de pensamento nos leva a uma lógica de predestinação, é como em uma das características do Naturalismo, onde o homem nunca evolui. Se por acaso ele nascer pobre ele vai morrer pobre.
Embora a obra “A Hora da Estrela” seja um romance Modernista ao invés de Naturalista, ele é escrito relatando a realidade nua e crua da personagem protagonista,  relatando seus encontros e desencontros com a  vida.
 Esta obra foi escrita por uma mulher que não se contenta com o pouco, não se comove com o natural ou com o comum, mesmo descrevendo a vida, ou melhor, a subvida de sua personagem, Clarice revela-lhe a vida dando lhe um sopro de explendorosidade na rotina daquela pobre moça, dando a ela um momento sublime, que é a descoberta da vida, da sua existência na terra.
 Ensina-nos a lição de que não seja tarde para descobrirmos nós o valor da vida e que mesmo sem saber o porquê ou para que fomos  escolhidos para nascer, nós possamos vivê-la intensamente, mas com o único propósito de ser feliz, ser feliz a nosso modo e não como outrem impõe que sejamos.
Clarice não escreveu as aventuras de uma nordestina da cidade grande, ela escreveu as aventuras de cada um, na luta e na busca de desvendar quem é. Ela propõe que façamos um questionamento sobre nós mesmos, mas que no fundo abrange uma duvida universal.
Se fossemos considerar a época em que a obra foi produzida, as relações que a escritora estabelece com o seu meio social e intelectual, a sua obra é resultado da soma de todas as relações diretas e indiretas da autora, lembrando que uma obra ao ser produzida, no inconsciente de seu escritor, ela já idealiza o seu futuro leitor. E por isso ao possuir um questionamento universal, sua lírica e sua mensagem ultrapassam as gerações.

Taís Fernandes

Adoro Quando Você..


Adoro quando você me dá atenção, quando é carinhoso, quando liga e diz que tem saudades. Quando relembra os nossos momentos juntos, momentos, que eu acreditava que para você fossem insignificantes.
Adoro quando você diz que desde o dia em que a gente se separou, parece que estou sempre mais bonita, mais atraente e que me olha com saudades e remorso.
Adoro quando você está trabalhando e me chama no MSN só para perguntar como estou e para desejar uma boa tarde.
Adoro quando você diz que me adora e que se preocupa comigo, quando me protege e tenta me dar conselhos.
Adoro quando você é você mesmo, sem máscaras nem convencionalismos, quando me ama com vontade e por vontade, e quando fica confuso ao tentar me entender.
Adoro quando você me abraça de surpresa, demonstrando que é humano e que tem sentimentos e quando me olha inseguro, sem saber se sinto o mesmo.

Taís Fernandes